Emoção em Piedade - S.P.

De tantas apresentações que já fiz na minha carreira uma delas vai ficar para sempre na minha memória devido ao respeito que o público teve por mim, pela musica que canto, e também pelo artista que represento; Elvis. Como muitos já sabem dedico a minha vida ao trabalho de divulgar a obra deixada por Elvis, isso com muita humildade, orgulho e admiração.
Na cidade do interior paulista perto de Sorocaba, isto é, Piedade, ocorreu à 1ª Exposição de carros Antigos e os organizadores fizerem questão de me convidar e participar deste maravilhoso evento, realizado praticamente com os próprios recursos e feito com muito carinho e dedicação.
Vamos aos fatos que ficarão na minha memória;
Logo quando chegamos (eu, minha esposa Tânia e a minha cunhada Leandra), fomos recebidos muito bem por Marcos que nos acompanhou até a sua residência para que eu me preparasse para o show (colocar o traje, arrumar os cabelos, etc.). Era mais ou menos 15h00, dia lindo de verão e muito sol.
Foi com muito prazer que ao entrar na casa escutei Elvis cantando. Na sala aparece de repente uma pessoa com capas de discos de vinil e sorrindo me pergunta:
- Você tem esses discos?
Descubro então que o som que escuto vem de uma vitrola anos 70, igual àquelas que quando eu era criança escutava a minha vizinha Márcia tocando Elvis (era 1975).
Fui convidado para ir até o quarto onde tocava as canções. Ao entrar percebo que não andei apenas alguns metros para chegar até lá, mas sim uma viagem através dos tempos, isto é, mais ou menos uns trinta e cinco anos no passado! Encontro um armário gigante com centenas de discos de vinil, um toca-discos, caixas acústica enormes, detalhe, tudo no estilo anos 70. E a voz do Elvis ecoando pelo local cantando “Surrender”.
Fiquei por uns instantes ali parado pensando que seria maravilhoso estar realmente em 1975, pois Elvis estaria vivo fisicamente e as nossas vidas seria mais simples e feliz. Voltei à realidade com um chamado de alguém pedindo para que eu me preparasse, pois os policias da Guarda Municipal já estavam lá. Policiais? Guarda Municipal?
Será que a minha cunhada estacionou o carro em local proibido?
As minhas dúvidas foram esclarecidas quando Marcos da organização explicou que deveríamos ir até o local do evento (Exposição) desfilando em carro aberto pela cidade. Fiquei muito surpreso e sem palavras, achei a idéia legal e bastante ousada.
Tirei rapidamente algumas fotos com o pessoal que estava na residência (Tânia, Leandra, Marcos, policiais, o cara que me fez viajar no tempo, etc.) e fui para o automóvel Puma conversível, quando apareceu o meu irmão Adauto desejando saber se havia a necessidade de maior segurança quando chegássemos ao local. Olhei em volta e notei os guardas e “batedores”, meu irmão logo captou a mensagem “telepática” e saiu fora.
Desfilamos pelo centro da cidade de Piedade com buzinas e sirenes, chamando a atenção das pessoas que estavam na rua ou em suas casas, muitos abriram a janela, alguns saíram com espanto e gritavam a frase que mais escutei na minha vida:
“Elvis não Morreu!”
Chegando ao pátio da Prefeitura de Piedade, onde acontecia o evento, centenas de pessoas esperavam pelo “Elvis”, fique em pé de maneira que as pessoas que estavam atrás pudessem me ver, acenei e agradeci o carinho do público com gestos, abaixando a cabeça (confesso que fique emocionado).
Os Guardas Municipais improvisaram com o próprio público um cordão-humano para que eu passasse e fosse em direção ao local da apresentação.
Ainda em pé sobre o veiculo a canção de abertura começou a tocar e o público reagiu com gritos, assobios e aplausos, alguns só tinham a reação de balançar a cabeça, rir sem controle e sem entender a emoção que sentia: “O que é isso”? Perguntavam-se.
Quando a bateria começou a introduzir os acordes famosos do “pararã, pararamm” da fabulosa orquestra que acompanhava Elvis (o play-back que uso é com o som original da Orquestra de Joe Guercio), a emoção tomou conta de todos ali, inclusive eu e fui...
Embaixo de um sol quente de verão, fervia a minha emoção, a nossa canção e o meu vermelho macacão. Suava e cantava, e o público vibrava. O público vibrava e suava e eu cantava. Assim foi por 50 minutos de energia solar, quente demais.
Os organizadores prontamente colocaram uma tenda para que eu ficasse embaixo e água, muita água.
Perdi no mínimo 2 quilos em apenas alguns minutos, mas foi intenso e emocionante.
Cantei os grandes sucessos do Rei: “Johnny B. Goode”, “Tutti-Frutti”, “My Way”, “Always on My Mind”, “Suspicious Minds”, etc.
Após o término da apresentação abracei e tirei centenas de fotos com as pessoas que conversavam comigo com muita gentileza e respeito.
As fotos vocês podem ver algumas logo abaixo desta postagem.

E assim foi mais um grande evento em homenagem aos bons tempos e lógico: Elvis Presley!

E para sempre Viva Elvis e sua maravilhosa musica!

Obrigado "povo" de Piedade! (tipo Odorico Paraguaçu do "O Bem Amado")

Valeu!