Dedicação e amor acima de tudo!

Nestes últimos dias estou passando por um período ótimo na minha vida, pois recebo muitos telefonemas, e-mails e mensagens pelo MSN dando os parabéns pela minha apresentação na abertura do Show do Roupa Nova.
O meu blog, por exemplo, (este que você está lendo neste momento) recebeu entre sábado e domingo a visitação de muitas pessoas.
Confesso que a abertura de um Show de uma banda já consagrada e que está na “estrada” há 30 anos é uma emoção diferente das outras, pois toda a produção, expectativa pré-show e a quantidade de público ajudam a aumentar o clima de angustia e tensão antes de entrar no palco. Aliás, os minutos que antecederam a minha entrada foi um momento de muito sentimento emocional.
No camarim sozinho, eu escuto do lado de fora alguém gritar:
- Elvis! Elvis! Vai começar o show! (é inútil falar que não sou o Elvis, nestes momentos é perder tempo).
Subindo as escadas indo em direção ao palco começo a sentir o som do público cada vez mais alto. Quando chego lá encima reconheço naquela escuridão a minha esposa Tânia vindo em minha direção para entregar o microfone, desejar boa sorte e logo em seguida me deixar sozinho novamente. Aparece então uma pessoa da produção indicado o local por onde vou entrar e também desaparece... novamente sozinho.
Então em pé atrás da cortina preta somente ouvindo os primeiros acordes de Also Sprach Zarathustra (Tema de 2001 Uma Odisséia no Espaço) conforme a canção crescia o som do público também e os batimentos do meu coração quase que dava para ouvir juntamente com os tambores da introdução de That’s All Right Mama.
Eu tinha conversado com a minha esposa e também com o meu amigo Márcio Martins que estava responsável pela parte técnica durante a minha apresentação para contar o tempo da introdução de That’s All Right Mama.
Como canto ao vivo, porém acompanhado instrumentalmente pelo CD, preciso iniciar a cantar no momento exato para não errar.
Os gritos e aplausos do público foram tão alto que não conseguíamos ouvir a música e conseqüentemente não contar o tempo, resultado:
- algo além de qualquer explicação me disse:
- Conte até três e comece. E assim foi:
“Well, that's all right, mama, That's all right for you” e deu certo!

Muito bem, sobre esta apresentação posso escrever muitas informações e acontecimentos, mas o foco desta postagem é outra.
No dia seguinte, isto é, na tarde do sábado dia 25 de setembro fui cantar em uma Festa Beneficente dos anos 60 no Instituto de Educação Especial Clave de Sol, para mais ou menos 70 pessoas.
Entre as monitoras, professoras e administração do Instituto estavam muitos que foram no show do Roupa Nova e, portanto assistiram a minha apresentação. Fiquei sabendo que entre essas pessoas iniciou uma discussão: “Será que é o mesmo cara que cantou ontem à noite! Não pode ser”.
Depois de quase uma hora de requebros, agachamentos, risos e agudos, encerrei a animação para as crianças do Instituto, e foi quando uma das professores se aproximou e me disse:
- Por favor, me tire uma dúvida. Era você que cantou ontem à noite no show do Roupa Nova?
Eu todo suado, cansado e acabado, respondi:
- Sim era eu. (antes que a professora com olhar de espanto comentasse algo, conclui).
- Não me importo se estão 70 pessoas ou 7.000 me assistindo, o meu amor por Elvis Presley e a minha dedicação será sempre a mesma, ainda mais quando entre o público estão essas crianças especiais!